A guerra entre Rússia e Ucrânia chega ao 50º dia, na data (14/04) sob o alerta de um possível ataque russo no leste ucraniano. Enquanto a população civil ainda tenta fugir para zonas mais seguras, militares instalam obstáculos nas cidades para impedir o avanço da Rússia. Já são cerca de 4.5 milhões de refugiados. Talvez, poucos estudiosos previram uma escalada militar em tais proporções na terceira década do século XXI, há mais de 100 anos da primeira guerra mundial. Outros jamais imaginariam uma resistência tão forte dos ucranianos, o que está ligado diretamente ao apoio logístico e fornecimento de armas pela frente dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)
Carnificina
Os líderes mundiais tentam uma alternativa menos desastrosa para frear a máquina de guerra russa que vem deixando um rastro de mortes e eternizando uma mancha de sangue na comunidade mundial. Talvez, um atestado de incompetência por não achar uma saída no campo diplomático capaz de evitar tantas mortes. Apesar dos números serem incertos, já se falam em até 40 mil militares russos mortos ou feridos. Na Ucrânia, as imagens de corpos espalhados pelas ruas e covas coletivas revelam o lado perverso dessa guerra que as vítimas inocentes pagam com a vida uma dívida que não é delas.
Jogo de narrativas é uma das estratégias do conflito. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez novo pronunciamento dizendo que a Rússia começou uma “guerra em grande escala”. O presidente Vladimir Putin busca uma alternativa para cercar os ucranianos, em várias frentes, impedindo a chegada de comida e remédios para forçar uma rendição, “As ações da Rússia parecem tratar-se de crimes de guerra”. Ursula von der Leyen apontou o dedo ao Kremlin antes de terminar uma visita à Ucrânia, enquanto testemunhava a destruição de Bucha. A presidente da Comissão Europeia sublinhou que não era uma especialista no assunto, e que seria necessária uma investigação, mas não deixou de dizer “se isto não é um crime de guerra, o que é um crime de guerra?”
Diplomacia
No campo diplomático, as sanções e restrição aos produtos são os principais métodos usados pela comunidade internacional para tentar barrar a ofensiva. Bancos, empresas e empresários russos foram duramente atingidos, já que vêm sendo proibidos de negociar em alguns países dos mercados, europeu, americano e asiático. Alguns estudos já preveem uma queda de mais de 10% na economia russa, os ucranianos devem experimentar perdas de 50%, mas o maior gasto será para reconstruir o país quase que transformado em cinza.
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