“E todos, na sinagoga, ouvindo estas coisas, se encheram de ira. E, levantando-se, o expulsaram da cidade, e o levaram até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem. Ele, porém, passando pelo meio deles, retirou-se”, (Lucas 4:28-30).
É difícil ouvir a verdade. Não é fácil ser confrontado, e, corrigido, permanecer humilde e aceitar a palavra daquele que nos confronta. Normalmente procuramos uma explicação, oferecemos uma justificativa, encenamos o papel de vítima ou declaramos a impossibilidade de agir de outro modo. Podemos também apelar para a tradição e para o costume: “Sempre foi assim” ou “Eu sou assim mesmo”. A Palavra de Deus nos desafia e, invariavelmente, nos aperta. Se a ouvirmos com atenção, ela vai nos deslocar de nossa condição segura, tirar-nos do conforto e nos exortar a rever nossa posição. É o que o apóstolo Paulo disse para seu discípulo: “Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver”, (2 Timóteo 3:16, NTLH). Não obstante todo amor e sabedoria de Jesus, alguns, ao ouvirem sua mensagem, ficavam irados e dispostos a atos extremos. Isso não aconteceu apenas com Jesus: Estevão foi apedrejado, Tiago foi morto à espada, Pedro foi crucificado, Paulo foi decapitado. Nesse momento, seguidores de Jesus Cristo têm sido martirizados em diversas partes do mundo. Alguns resistem ao Evangelho explicitamente e com crueldade, outros são sutis e boicotam eventos, não dão permissão para que ocorram, editam leis proibitivas, desprezam, maldizem, inventam mentiras e odeiam a Igreja velada ou explicitamente. Sobre isso, Jesus nos advertiu: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia”, (João 15:18,19). É assim mesmo. A Igreja e o Evangelho têm um adversário e ele tem ministros a seu serviço. Os anticristos, como os chamou João, não descansam e procuram, o tempo todo, resistir ao Reino de Deus. Nosso Senhor não perde tempo com eles, nem lhes dá atenção. Quando se levantam irados, Jesus passa por meio deles e se retira. Como está escrito, as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja (Mateus 16:18). Está é nossa certeza e esperança.
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